2 anos de idD. A importância da Economia de Defesa na primeira pessoa

A idD Portugal Defence está de parabéns após dois anos a contribuir para a promoção da Economia de Defesa em Portugal. Nestes 2 anos de idD é exatamente esse o contributo que comemoramos.

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A idD Portugal Defence está de parabéns após dois anos a contribuir para a promoção da Economia de Defesa em Portugal.

Nestes 2 anos de idD é exatamente esse o contributo que comemoramos.

Na primeira pessoa, várias personalidades mostram-nos – de forma muito cirúrgica – a pertinência e potencialidade da Economia de Defesa para Portugal.

Catarina Nunes, Presidente do Conselho de Administração da idD Defence Portugal, considera que “a importância da Economia de Defesa reside nas pessoas. As pessoas que estão nas empresas, nas universidades e nos centros de I&D e nas Forças Armadas. São elas que geram conhecimento e maior produtividade – que depois se difundem por toda a economia portuguesa”. Os dados mostram que “a produtividade na Economia de Defesa é 1,5 vezes superior à da Economia Nacional”, pelo que o objetivo é trabalhar “para que a Economia de Defesa seja mobilizadora de crescimento e desenvolvimento da Economia Nacional”.

O Presidente do Conselho de Administração AED Cluster Portugal acrescenta uma outra perspetiva, argumentando que “em Portugal não se compra defesa, desenvolve-se Defesa”. José Neves acredita mesmo que “hoje, muito mais do que nunca, as indústrias e os sistemas científico-tecnológicos portugueses são atores de relevo internacional”.

E traz uma perspetiva histórica sobre este desenvolvimento:

Há 10 anos, éramos muito mais pequenos, há 20 anos então éramos um nicho. Basta esta perspetiva: 70% dos meus colegas que em 1997 acabaram o curso de Engenharia Espacial, no Técnico, foram trabalhar para o estrangeiro – porque simplesmente não havia empresas em Portugal nesta área e agora há muitas mais. No Técnico estão a formar 120 profissionais todos os anos, e naturalmente há muitos que vão para o estrangeiro, mas há muitos que ficam em Portugal porque já há capacidade industrial. Há 10 anos, era mais difícil criar essa Economia de Defesa porque não havia indústria. Hoje em dia há indústria e o sistema tecnológico também está mobilizado para esta área, portanto é muito mais importante hoje do que era há 10 anos, garantidamente.

Já Pedro Arezes, Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e Presidente do Consórcio de Escolas de Engenharia, considera que “a Defesa gera resultados em muitos outros setores de atividade económica” e que “a Universidade pode contribuir para o reforço da Defesa e vice-versa, pois também a Universidade é influenciada por esta ligação”.

Pedro Arezes consegue mesmo elencar benefícios concretos para a Academia em termos de palavras como escola, engenharia e defesa na mesma frase.

Desta ligação virtuosa resultará também uma maior visibilidade da Universidade Minho, e da sua Escola de Engenharia, perante a opinião pública e os seus parceiros institucionais. Sem querer ser exaustivo na listagem das possíveis ligações, e considerando as competências técnico-científicos desta escola, o seu contributo na esfera da Defesa poderia passar pela engenharia de materiais (desde os materiais compósitos leves para proteção balística e de impacto aos têxteis inteligentes e ativos), pelos sistemas de informação e de cibersegurança, pela engenharia alimentar como foco no desenvolvimento de alimentos com características particulares, pela sustentabilidade (com foco em sistema de reciclagem de compostos, têxteis e sistemas metálicos), pela mecatrónica e fabricação avançada e até pela realidade aumentada, para, por exemplo, treino e potência das capacidades dos militares.

O Chefe do Estado-Maior da Armada Almirante Gouveia e Melo convoca para a reflexão um outro ponto de vista. “Somos estruturantes para a economia através da defesa, segurança e conhecimento. A Marinha deve ser catalisadora da exploração de uma nova fronteira azul e tecnológica, essencial para o desenvolvimento económico”, defende.

Debruçando-se em particular sobre a ligação entre a Economia de Defesa e a Marinha, o Chefe do Estado-Maior da Armada explicita que “para o fomento da Economia de Defesa, são múltiplas as atividades e iniciativas de cooperação que a Marinha desenvolve e está a desenvolver em conjunto com a Indústria e a Academia, designadamente a Conferência Investigação, Desenvolvimento, Experimentação, Inovação da Armada (IDEIA), o ROADSHOW Estrutura de Acompanhamento IDEIA (EA-IDEIA), o REPMUS, a edificação do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) e a criação da Zona Livre Tecnológica”.

Todas estas iniciativas, concretiza, “visam conhecer em maior profundidade o nosso tecido empresarial e a Academia e compreender como podem contribuir para a edificação das capacidades da Marinha, mas também para encontrar novos caminhos, formas de colaboração e parcerias”.

Dois anos volvidos, mas ainda com um longo caminho a percorrer, na idD Portugal Defence continuaremos a trabalhar pelo compromisso de fortalecer e divulgar a Economia de Defesa no nosso país.

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