Marinha Portuguesa - 17 Novos Navios
Patrulhar e Defender o Mar Português
A missão da Marinha Portuguesa é patrulhar e defender o mar português, que tem quase a dimensão da Europa. Parte desta missão inclui a proteção da chamada rotunda da NATO, localizada nos Açores. Em breve, a Marinha vai assinar um contrato para a construção de novos navios. Esta nova frota será composta por seis Navios Patrulha Oceânicos construídos nos Estaleiros Navais Nacionais.
Navios Patrulha Oceânicos
Os Navios Patrulha Oceânicos, que anteriormente tinham uma simples função de segurança e guarda marítima, passam a ter uma capacidade adicional de guerra anti-submarina. Isto significa que estes navios serão capazes de detetar e combater submarinos inimigos, aumentando assim o valor da Marinha Portuguesa.
A importância da dissuasão
Para garantir a supremacia marítima e a segurança de Portugal, é essencial ter uma capacidade de dissuasão. O Almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada, propõe a aquisição de mais dois submarinos. Os submarinos são uma forma eficaz de dissuadir possíveis adversários, especialmente quando um país não dispõe de uma grande força de superfície.
Submarinos: Uma opção de baixo custo
Apesar de terem um certo custo, os submarinos são navios de baixo custo quando comparados com outras embarcações. Para além disso, são fundamentais para manter a influência de Portugal no seu extenso território marítimo. Sem submarinos, arriscamo-nos a perder este espaço para outras nações.
O Futuro da Marinha Portuguesa
O Chefe do Estado-Maior da Armada tem um projeto ambicioso para a Marinha Portuguesa até 2035. A ideia é construir e adquirir navios recorrendo, sempre que possível, a empresas e recursos nacionais. Este plano prevê a modernização de 17 plataformas navais e a construção de 30 navios, incluindo os já referidos submarinos.
Modernização de fragatas
As fragatas da Marinha Portuguesa estavam desatualizadas, mas duas delas já foram atualizadas e outras duas serão modernizadas nos próximos três anos. Isto significa que teremos um total de cinco fragatas modernizadas, o que proporcionará mais 15 a 20 anos de eficiência operacional. Ainda está em discussão se a Marinha vai adquirir mais fragatas ou optar por uma nova plataforma naval, como um navio de pesquisa científica modificado.
Navio multiplataforma
A Marinha aposta na aquisição de um navio multiplataforma que irá revolucionar as operações. Este navio é altamente eficiente, eficaz e tem custos de operação e manutenção muito mais baixos do que outras opções. A aquisição deste navio já foi assinada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Expansão da frota
Para além dos seis Navios-Patrulha Oceânicos, a Marinha prevê também o lançamento de oito Navios-Patrulha Costeiros, que substituirão os atuais. Também haverá a aquisição de mais dois navios de reabastecimento pelo preço de um, e todos esses navios serão altamente automatizados. Esta automatização ajudará a combater a falta de pessoal no futuro e a tornar os navios mais eficientes em termos de recursos humanos.
A importância da preservação da componente humana
Embora a automatização seja importante e traga benefícios, é essencial preservar a componente humana. A estratégia da Marinha passa por minimizar o esforço operacional dos marinheiros, garantindo que estes são preservados mesmo em situações de combate. A construção de drones e o investimento em tecnologias como os marinheiros de silício são exemplos dessa estratégia.
Interesse internacional
O projeto revolucionário da Marinha Portuguesa tem atraído o interesse de várias marinhas e estaleiros navais de todo o mundo. O investimento em novas tecnologias e plataformas navais coloca Portugal numa posição de destaque no panorama internacional.